quarta-feira, agosto 24, 2005

É a vida fácil...

Hoje eu vou tentar fazer uma coisa lôca. Só adianto isso. Tive umas idéias recentemente, e quero ver se elas de fato procedem. Só experimentando mesmo é que vou saber. A verdade é que, se tudo der certo, podem aguardar um texto looooongo aqui no blog. Keep coming (no bom sentido, é claro).

quarta-feira, agosto 17, 2005

Pornô

Há alguns meses eu havia recebido a interessante notícia de que a ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, uma organização não-governamental que regulamenta nomes e números dos endereços da internet) havia aprovado uma proposta de criar diversos novos gTLDs (generic Top Level Domains, aqueles sufixos dos endereços de sites, como .com, .net, .org e afins), entre eles o controverso .xxx, que seria destinado para sites de pornografia (ou, como diz a proposta, 'conteúdo adulto').

Pois bem, isso me fez pensar nas implicações que a implantação de um sufixo .xxx teria. A função mais ingênua dele, a princípio, seria um ganho organizacional na internet: termina com .xxx, então é pornografia. Tornaria mais fácil a vida de quem quer ver pornografia, e a de quem não quer, também. É justamente aí que a coisa começa a se tornar um bocado menos ingênua: fica muito fácil bloquear o acesso a esse tipo de conteúdo, o que potencialmente prejudicaria a indústria do 'entretenimento adulto'. Não estou defendendo-a, mas acho difícil não pensar que a decisão de criar esse novo sufixo tenha sido motivada por algum paternalismo barato, do tipo "vamos PROTEGER o internauta dos HORRORES DA PORNOGRAFIA."

Porém, ontem veio a notícia mais engraçada a respeito disso tudo: o governo Bush resolveu intervir na decisão da ICANN, de modo que a comercialização dos primeiros domínios terminados em .xxx será adiada por pelo menos um mês, até que se decida quanto à sua validade.

Realmente, eu não pensei que o Bush fosse tão burro. Caracas, acho que até hoje ele foi o cara mais anti-pornô, além de paternalista extremo, a ocupar o trono estadunidense. E não percebeu que a criação do .xxx está completamente de acordo com suas idéias moralistas, adiando-a como se fosse algo ruim. Pensando bem, acho que o Bush é tão escrotão que ele prefere não admitir publicamente que existe pornografia na internet, ou que pode haver, fato esse que seria 'oficializado' com a implantação do novo sufixo. Isso, claro, apesar de ser um fato óbvio para qualquer pessoa que viva neste planeta. Estou falando nisso apenas para tentar entender o que se passa na mente do sr. Arbusto.

Outra coisa engraçada nessa história toda é que ainda não sabemos se os domínios terminados em .xxx terão boa adoção, isto é, se os atuais sites de pornografia irão 'atualizar' seus domínios .com ou .net para os novos .xxx! Afinal, eles não são obrigados a fazê-lo, e isso derruba um bocado a idéia de reunir toda a pornografia da internet sob um único sufixo. E, claro, como se não bastasse, as estatísticas apontam que a maioria esmagadora do conteúdo pornográfico da internet circula ilegalmente através de redes P2P (peer-to-peer ou ponto-a-ponto, como KaZaA, eDonkey e bittorrent), sobre as quais o controle é muito difícil, até porque o acesso a elas não é feito através de domínios registrados, como é o caso dos sites. Ou seja, não é com o .xxx que a pornografia na internet será controlada.

Portanto, por incrível que pareça, dessa vez eu até concordo com o Bush: domínios .xxx não são uma boa idéia. Porque realmente não servem pra muita coisa. Mas sei lá, vamos ver no que isso tudo vai dar...

Ah, tenho mais uma pergunta pertinente: o que diabos aconteceria se eu registrasse em meu nome o domínio microsoft.xxx? ;-)

terça-feira, agosto 16, 2005

Jogos violentos

Muito já se falou do quanto jogos de videogame ultraviolentos contribuem para o aumento da violência. Inclusive alguns desses jogos ficaram famosos porque foram crucificados pela mídia, a qual citou-os como causa (in)direta de algumas catástrofes que não sairão da memória com muita facilidade.

Lembro-me muito bem de duas delas, bem famosas e de grandes proporções: o tiroteio de Columbine, nos EUA, cuja 'inspiração' teria sido o jogo Doom, e o tiroteio num cinema em São Paulo, este último 'inspirado' pelo jogo Duke Nukem 3D, igualmente violento.

O que mais me impressiona no tratamento que a mídia dá a esses desastres é uma aparente necessidade de ter ou encontrar (super)vilões, absurdamente nefastos, disformes, maiores do que a realidade. E é justamente aí que os jogos violentos se encaixam perfeitamente. Eles são terríveis, fazem com que os jogadores fiquem com idéias psicopatas, que eles queiram sair por aí atirando nas pessoas... Será mesmo?

Até onde entendo, e acho difícil que um psicólogo não concorde comigo, apenas os jogos violentos não seriam capazes de induzir esse tipo de comportamento nas pessoas. O que aconteceu, portanto, nos casos de Columbine e do MorumbiShopping, é que eles serviram como sintoma ao invés de causa: isto é, o apego exagerado por esse tipo de jogo só veio demonstrar a péssima condição psicológica dos assassinos.

Isso acontece em menor grau com muitas pessoas por aí, que acabam se tornando viciadas em alguma coisa (jogos de videogame ou computador de todos os tipos são ótimos exemplos) como sintoma de algum problema psicológico que elas tenham. É importante, então, ficar atento a esse tipo de comportamento, já que ele pode até apontar um quadro de depressão, ou ainda algo mais sério.

Apesar de tudo, não estou defendendo o uso gráfico e explícito que se faz da violência nos videogames, cinema, televisão e afins. Mas apenas apontando que ele não é causa de nada, e sim uma simples conseqüência. Seria possível argumentar que há, sim, algo que todos esses jogos e filmes causam: a banalização da violência. Porém, fica a pergunta: será que isso não seria apenas reflexo (e, portanto, sintoma) de um padrão dos nossos tempos, que banaliza absolutamente tudo?

O exagero é cada vez maior, seja em relação à violência ou à pornografia. É preciso sempre superar o que foi feito anteriormente para que se obtenha uma resposta significativa do público, que se acostuma com aquilo que um dia foi considerado realmente violento, pornográfico, limítrofe. O grande problema aqui é que não me parece que seja uma situação sustentável, acho que em um dado momento será impossível passar dos limites, romper barreiras. E aí, o que acontece com a sensibilidade?

segunda-feira, agosto 15, 2005

Segunda-feira

Hoje foi um dia bem típico, uma segunda-feira como outra qualquer. Daquelas que teoricamente não merecem comentários nem em blogues. Mas "na verdade, isso não é verdade." Não existem dias pessoas coisas desinteressantes, apenas ocorre que nós perdemos o interesse por elas. Às vezes. Mas sempre existem os detalhezinhos que fazem a piada.

Por exemplo: a primeira música que ouvi nesta segunda-feira chama-se 'Saturday'. Sei lá o que isso quer dizer. Não estou insinuando nada. Mas é inusitado, temos de concordar.

Tive também umas idéias para fotos, para umas brincadeiras de Photoshop, programei um bocado, desviei mais uma vez do pedágio... E agora estou escrevendo no blog. Trivialidades mesmo, as quais eu costumava evitar escrever, mas que na verdade, são tão interessantes quanto quiser o leitor. Quem estiver lendo isto aqui pode ter certeza que vai haver muito o que ler, de agora em diante, pois pretendo 'blogar' bastante.

E claro, quem sabe, no meio de todas essas trivialidades, não apareça uma idéia realmente boa de vez em quando...